A existência humana desenrola-se entre dois gigantes infinitos: o antes e o depois ⎯ duas zonas indiferenciadas e obscuras. Propomos quebrar, tal como definiu Marguerite Yourcenar, essas “fronteiras do nada e do silêncio” e encontrar aquilo que, independentemente do século, nos permita ver totalmente nus. Viajaremos numa peregrinação até essas fronteiras, através do tempo e de lugares que guardam e projectam memórias, mais ou menos subterrâneos ou esquecidos, movidos pela possibilidade do sonho, na aproximação ao Outro, na sua diferença e proximidade.
Através de um cruzamento transdisciplinar entre Arqueologia, Ecologia e as Artes Performativas, convidaremos arqueólogos, historiadores e artistas a estabelecer um encontro de diálogo na nossa reflexão. Estranhos Perpétuos é também uma bifurcação: de um lado os vestígios do Passado despertam a imaginação para contarmos a nossa história e intimidade, do outro a história da qual agora fazemos parte, permite imaginar os vestígios do Futuro.