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Elas não têm nada a perder. Elas já estão cansadas de girar nessa roda de ratos. Elas não conseguem parar de pensar sobre o clima, o fim do mundo, o fim delas mesmas. Na verdade elas se preocupam com muita coisa, mas querem que pensemos que elas não se preocupam tanto assim. Ninguém as leva a sério. São as novas Cassandras, como a profetisa da mitologia grega, mas moram no fim da linha do comboio. Elas querem dizer ao mundo que estamos indo na direção errada, mas o mundo as atropela na ida e na volta. E como Cassandra, ainda têm que se deitar com o inimigo.

O que elas podem fazer para sair desta pindaíba? Uma manifestação com terrorismo à mistura? Navalhar obras de arte para chamar a atenção das pessoas? Ou talvez seja melhor roubar uma pintura de valor inestimável e ir viver à larga nas Maldivas? Talvez elas apenas desistam de tudo e se dediquem a vender artesanato aos turistas do Algarve. Elas não têm nada a perder. Elas são BANDIDAS.

Ficha Artística / Técnica

Criação e encenação
Gaya de Medeiros e Rúben Sabbadini

Concepção
Gaya de Medeiros e Alex Cassal

Espaço cénico
Tiago Cadete

Design sonoro
Ricardo Almeida

Assistência
Marta Moreira

Colaboração
Larie

Co-produção em residência
O Espaço do Tempo

Co-produção
Teatro Cine Torres Vedras

Financiamento
Iberescena

© Maji Katija

Gaya é bailarina, atriz e encenadora. Já trabalhou com diversas encenadoras em Portugal. No cinema, protagonizou a curta Um Caroço de Abacate, de Ary Zara, premiado em diversos festivais. Criou os espetáculos Atlas da Boca (2021), BAqUE (2022), Pai para Jantar (2023), Cafezinho (2024) e Corre, Bebé! (2025), que já viajaram por mais de 16 países e 28 cidades. Fundou a BRABA.plataforma que visa apoiar, viabilizar e financiar iniciativas protagonizadas/direcionadas para a comunidade trans e não binária.

Gaya de Medeiros (BR)

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