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O Festival Precárias regressa para a sua terceira edição e, este ano, o tema gira em torno de infâncias possíveis - um convite a olhar para a infância nas suas várias possibilidades, repensando o futuro e promovendo espaços de diálogo e troca. 

Em Montemor-o-Novo, o Precárias terá a ReinvidicaSonhos, uma oficina coletiva que contará com a participação de Cigarra, Bee Barros, Luan Okun e Azul (artista mirim que vendeu o seu 1.º quadro na 1.ª edição do Precárias) e que funcionará como um laboratório de criação de imagens com um foco reivindicativo para a elaboração de uma manifestação em prol do direito de sonhar.

Após a oficina, será servido um lanche. De seguida, o Precárias vai para a rua, espalhando o seu manifesto pela cidade de Montemor-o-Novo com imagens e cantos de protesto.

 

PROGRAMA COMPLETO

14h00 - 16h50 // ReivindicaSonhos - Laboratório de criação de imagens com enfoque reivindicativo em prol do direito de sonhar + Lanche @ Oficina Magina
16h50 - 17h00 // Saída da Oficina Magina em direção à Feira da Luz.
17h30 - 18h00 // Cortejo ManiFestação" na Feira da Luz.

 

SOBRE O FESTIVAL PRECÁRIAS

Este ano, o Festival Precárias gira em torno de infâncias possíveis — um convite a olhar para a infância nas suas múltiplas possibilidades, repensando o futuro e promovendo espaços de diálogo e troca.

Procuram-se práticas artísticas que tragam à tona reflexões sobre a infância como território de invenção e suas potencialidades, expandindo a imaginação do que pode ser uma infância livre, plural e cheia de potência. O objetivo é criar um ambiente onde possamosrepensar o presente em conjunto e construir futuros mais abertos, afetivos e brincantes.

Pensa-se no brincar como forma de luta, como prática de liberdade. A infância que nos atravessa não é só fase da vida, mas estado de criação. É a possibilidade de reimaginar tudo o que nos disseram que era sério demais para ser tocado. Por isso, afirmamos: brincar é coisa séria. Aqui, a performance é espaço de risco e experimentação. O tema não reduz, amplia. Não é curadoria para conter, é provocação para abrir. Vale a confusão, o erro, o improviso, o jogo. Interessa-nos o que escapa do formato, o que desequilibra, o que transforma.

Liberdade é disputa. O brincar, nesse contexto, é um gesto político. Convocamos as infâncias que fomos — aquelas que nos ensinaram a cair e levantar — para chamar outras infâncias possíveis. Infâncias que não cabem em régua nem em grade. Infâncias que podem transformar o mundo.

Como diz a sabedoria popular: “Quem canta seus males espanta, quem brinca esquece que a vida cansa.” E como lembra a música do Molejo, no eco das ruas e quintais: “Brincadeira de criança, como é bom, como é bom…

6 setembro, 14h00

Oficina Magina ver mapa

[ACTIVIDADES PARA TODAS AS FAMÍLIAS]

Para todas as idades - dos 0 aos 98 anos de idade

Reservas via SMS para [+351] 913 699 891 ou para info[a]oespacodotempo.pt.

Ficha Artística / Técnica

Direção artística e programação
Tita Maravilha

Apoio à seleção da open call
Nádia Yracema, Luan Okun

Produção
Mandí Kaibô, Bê Duarte

Direção Técnica
Lui L'Abbate

Vídeo
Arla Coleto

Design gráfico, site e promoção de redes sociais
Gadutra

Captação de podcast e cartaz
Bertrand

Apoio
DGArtes / República Portuguesa

Coprodução
Alkantara, O Espaço do Tempo

Parcerias
Rua das Gaivotas 6

Parceiros Media
Coffeepaste

Organização
Associação Trypas Corassão

Agradecimentos
Telma Moreira Faria, Cigarra, Pedro Barreiro, Bruno Trigo Gonçalves, Mariana Freitas, Violet, Inês Coutinho, Rádio Quântica, Maria Tsukamoto, Joana Costa Santos

Cigarra nasceu em São Paulo, cidade onde cresceu nos fluxos quotidianos da imigração e desenvolveu táticas de expressão de rua em coletivos de festa. DJ, performer, produtora musical e agente cultural há mais de 15 anos, dedicou metade deste tempo à cena de Lisboa, em parceria com a cidade e artistas dissidentes. Teve as suas festas residentes nas principais salas da cidade e é membro da Associação da União dos Blocos de Carnaval de Rua de Lisboa e da presidência da Associação Trypas Corassão. Cigarra também é responsável por projetos como Roda de Sample, Carniçeira, BLOCU, MeioFio (Festival Alkantara), Ancestrofuturismo, SOMA, Hystereofônica, entre outros projetos que encabeça ao longo destes anos na pesquisa das encruzilhadas decoloniais. Cigarra passou por mais de 10 países na Europa, América Latina e Ásia, em festivais de música e artes performativas como Berlin Biennale, Santarcangelo Festival, Gessnerallee, entre outros. Tem um álbum, dois EPs e mais de 20 músicas lançadas em diversas compilações pelo mundo. Atua desde 2028 na composição de trilhas sonoras originais para espetáculos de dança, performance e cinema e já trabalhou com Fabi Faleiros, Tita Maravilha, Josefa Pereira, Márcia Lança, Raimundo Cosme, Paula Diogo, Catol Teixeira, entre outros artistas em Portugal e fora. A sua música traz uma pesquisa engajada e sedutora, cruzando marginalidades diaspóricas com a comoção do pop e a subversão experimental.

Bee é artista multidisciplinar, com formação em Design pela UFPE e intercâmbio na Parsons (NY), onde teve contacto com diferentes práticas de criação e colaborou em produções da Broadway e do cinema. A sua trajetória cruza artes visuais, design e artes performativas, com experiência em mixagem de vídeo, fabricação digital, iluminação e montagem de espetáculos. Entre 2016 e 2018, integrou a equipe do Fab Lab Recife como responsável pela área de design. Imigrou para Portugal em 2019 e logo voltou a aproximar-se das artes performativas; em 2022 integrou a equipe da Rua das Gaivotas 6 como estagiárie em coordenação técnica, e desde 2024 participa no grupo de estudo em iluminação cénica Matéria Leve. Atualmente, atua principalmente em projetos de luz para espetáculos, além de desenvolver experimentações com VJing e live coding em projetos colaborativos e experimentais.

Luan Okun transforma a experiência do corpo e do deslocamento em ativismo poético e performativo. O seu trabalho funde teatro, dança, instalação e relações afetivas coletivas, explorando identidades raciais, dissidência de género e reparação ancestral. Entre prémios, residências e palco em Portugal e internacionalmente, destaca-se por criar novas narrativas e espaços de pertencimento — no corpo, na arte e na vida em comum.

Azul é artista brasileira(e/o) mirim, tem 11 anos e vive há nove em Lisboa. Dedica-se às ilustrações, jogos lúdicos, pesquisas musicais, panquecas e personagens que lhe acompanham como Cleitinho do Grau. Vendeu o seu primeiro quadro na vernissage de abertura da primeira edição do Festival Precárias e, desde então, tem vindo a desenvolver a sua identidade fluida e a sua técnica única de criação.

ReinvidicaSonhos

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