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Apresentação

O Espaço do Tempo é uma estrutura artística transdisciplinar, fundada em 2000 pelo coreógrafo Rui Horta, no Convento da Saudação, em Montemor-o-Novo. Desde então tem acolhido e apoiado inúmeres artistas nacionais e internacionais, sendo determinante para o desenvolvimento de muitos dos seus trabalhos e dos seus percursos.

A principal atividade d’O Espaço do Tempo tem sido um extenso programa de residências artísticas, com especial foco nas artes performativas contemporâneas, na criação emergente e no pensamento crítico, promovendo ainda a apresentação pública de estreias, antestreias, ensaios e conversas abertas, além de uma programação regular para famílias e escolas, numa relação de proximidade com a comunidade e o território local, bem como diversas actividades de formação e investigação.

O Espaço do Tempo atribui ainda as mais robustas bolsas de criação artística no território português e mantém sólidas parcerias institucionais e artísticas - locais, nacionais e internacionais - sendo membro de algumas das mais importantes redes de cooperação, circulação e difusão das artes performativas contemporâneas europeias, como a rede Aerowaves, a European Dancehouse Network ou a IETM - International Network for Contemporary Performing Arts.

Além disso, O Espaço do Tempo promove e organiza a Plataforma Portuguesa de Artes Performativas - um evento bienal onde são apresentados os mais relevantes trabalhos das artes performativas portuguesas a uma centena de programadores, curadores e diretores artísticos nacionais e internacionais. Esta tem sido a mais importante plataforma para a internacionalização das artes performativas portuguesas, o que, associado à actividade continuada d’O Espaço do Tempo, tem desempenhado um importante papel no percurso internacional de artistas e estruturas como Marlene Monteiro Freitas, Tiago Rodrigues, Tânia Carvalho, Teatro Praga, mala voadora, Jonas & Lander, Gaya de Medeiros, Diana Niepce, Marco da Silva Ferreira, Sofia Dias e Vítor Roriz, entre outres.

Ao longo de mais de 20 anos, o percurso d’O Espaço do Tempo passou por várias etapas. Até 2010, o natural crescimento da estrutura foi acompanhado por diversos apoios, criando uma estabilidade que permitiu consolidar o projeto. Contudo, de 2011 a 2015, e apesar da grave crise económica em que Portugal se viu envolvido, o número de residências duplicou, o que contribuiu fortemente para a resiliência do sector das artes performativas portuguesas.

Em 2019, após a derrocada de uma das abóbadas do Convento da Saudação e perante a falta de condições de segurança, O Espaço do Tempo foi forçado a sair temporariamente daquele emblemático monumento nacional do séc. XVI que havia sido a sua casa desde a sua fundação. Este espaço encontra-se em obras de recuperação estrutural, estando previsto para 2026 o regresso d’O Espaço do Tempo ao Convento da Saudação.

O Espaço do Tempo ocupa hoje as antigas instalações da Oficina Magina, edifício industrial localizado no centro da cidade, com dois estúdios equipados. Paralelamente, mantém-se em atividade em dois outros espaços – a Blackbox e a XL Box, novo espaço de grandes dimensões que permite responder às necessidades de produções de maior escala.
Importa ainda referir que a atividade d’O Espaço do Tempo é desenvolvida com práticas de sustentabilidade ambiental, através de políticas de consumo responsável e de produtos locais, combatendo o desperdício e fomentando a economia local.

O Espaço do Tempo recebeu, em 2018, o Prémio Gulbenkian do Conhecimento.

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