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Que mundo é este? Que mundo é este do qual nunca ouviste falar? Será que nunca viste estas coisas? Ou será que estas coisas sempre foram assim e nunca quisemos vê-las? Será que vês pelos teus próprios olhos? Ou será que alguém te ensinou como se deve olhar?

Q de Quê? é um espetáculo em forma de pergunta, dirigido a crianças e jovens a partir dos 8 anos, que pretende refletir sobre diversidade, identidade e expressão de género.

A biologia e a ecologia dão o mote para compreender a enorme complexidade e diversidade do mundo natural. Ao longo da pesquisa para este projeto, deparámo-nos com uma abordagem – para nós quase desconhecida – de biólogas e ecologistas como Brigitte Baptiste e Joan Roughgarden que introduzem na sua pesquisa um olhar queer, trazendo para o centro do seu trabalho toda a diversidade que existe na natureza em relação aos afetos, sexualidade, género e expressão de género.

Ao longo da história da ciência, muita informação que contrariava os padrões da cultura hétero/cisnormativa (e que tingiam também a pesquisa científica) foi sonegada. Todes assistimos a imensos programas sobre a vida selvagem e, certamente, teremos dificuldade em recordar alguma informação sobre homossexualidade, transição de género ou expressão de género entre animais ou plantas.

Através da pesquisa desenvolvida, descobrimos a imensa diversidade que caracteriza a natureza relativamente a estas questões e sentimos que seria uma importante porta de entrada nos temas que queremos tratar. Percebemos que é problemático a comparação entre animais e humanos, mas, como aponta Joan Roughgarden, “às vezes podem ser traçados paralelos entre a forma como as pessoas se comportam e a forma como os animais se comportam, como se os animais oferecessem culturas biológicas semelhantes às nossas”.

Esperamos que esta perspectiva sobre a diversidade da natureza possa ajudar-nos a diluir cristalizações sobre género e sexualidade que ainda hoje carregámos e que põem em causa o crescimento e o desenvolvimento, seguros e felizes, de tantas crianças e jovens LGBTI.

Apresentações Públicas

18 fevereiro, 16h00
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© TUNA
© TUNA
© TUNA

Ficha Artística / Técnica

Criação
Alfredo Martins e Luís Godinho

Texto e Direção
Alfredo Martins

Interpretação
Luís Godinho

Figurino
Ainhoa Vidal

Cenário
Carla Martinez

Desenho de luz
Manuel Abrantes

Música e desenho de som
Rui Lima e Sérgio Martins

Make-up
Sara Marques de Oliveira

Assistência de desenho de luz
Janaina Gonçalves

Apoio à pesquisa
André Tecedeiro

Consultoria científica
Ana Corrêa

Design gráfico
Luís Cepa

Fotografia
João Tuna

Teaser
Afonso Sousa

Co-produção
teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser, Teatromosca

Apoio
Governo de Portugal Ministério da Cultura/Direcção Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa, Polo Cultural Gaivotas-Boavista

Parcerias
ILGA, Rede Ex Aequo, AMPLOS, Casa Qui, CES Universidade de Coimbra

Residências de co-produção
O Espaço do Tempo

Apoio à residência
Centro Cultural Malaposta, Minutos Redondos, Câmara Municipal de Odivelas

© Rui Palma

O teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser é uma associação cultural que tem como missão dinamizar actividades no âmbito das artes performativas, desde a criação de espectáculos à realização de actividades pedagógicas e de mediação artística.

Entre 2006 e 2016, o teatro meia volta desenvolveu uma actividade regular enquanto companhia de teatro, constituindo um corpo de trabalho dedicado à pesquisa de metodologias colaborativas de criação e à exploração de uma estética social e politicamente comprometida.

A partir de 2016, o teatro meia volta sofre uma reestruturação do seu modelo de trabalho, procurando responder às necessidades sentidas no meio de produção artística e entre os seus colaboradores. Abandonando o formato de companhia de teatro, o teatro meia volta passa a funcionar como uma estrutura de produção. Alguns dos artistas que colaboravam regularmente com a companhia passam a integrar o novo formato de produção enquanto artistas associados.
Neste momento, os artistas associados do teatro meia volta são Alfredo Martins, Anabela Almeida, Cláudia Gaiolas, Luís Godinho e Sara Duarte.

O trabalho de criação destes cinco artistas reitera o comprometimento social e político comum ao percurso do teatro meia volta, afirmando a necessidade de recuperarmos espaços colectivos de negociação que nos permitam dar respostas à complexidade do mundo em que vivemos, dominado por um sistema capitalista patriarcal desregulado, e, talvez, encontrarmos formas de, parafraseando Donna Haraway, vivermos e morrermos bem em conjunto.

Para além do trabalho de criação dos artistas associados, o teatro meia volta desenvolve um trabalho regular no âmbito da mediação artística, ensaiando formatos que pretendem potenciar a relação dos públicos, existentes e novos, com a criação e a programação artísticas. O Público vai ao Teatro é o projecto de envolvimento de públicos que, desde 2011, a estrutura tem desenvolvido em colaboração com instituições culturais públicas.

teatro meia volta e depois à esquerda quando eu disser

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