Caminha para um lugar de força é uma proposta artística de caminhada com uma dimensão político-somática. Trabalha a relação do corpo com o território e o ecossistema envolvente, através do questionamento do que é o centro e a periferia de um lugar. É também uma proposta de encontro com o público, enquanto comunidade temporária, que atravessa um formato performativo híbrido: a performance, propondo intervenções artísticas coletivas e efémeras ao longo do percurso; o workshop, desenvolvendo em conjunto com o público exercícios relacionados com a caminhada enquanto prática artística experimental, exercícios esses que promovem a relação e consciência do corpo, o bem-estar e auto-cuidado; a visita guiada, valorizando a história e o contexto do lugar através de uma realidade ficcionada.
Esta proposta de caminhada procura sobretudo partilhar com o público uma fonte de experiências e a re-orientação da atenção, sem deixar pegada. Caminhar implica a transformação do lugar e dos seus significados e a mudança das percepções que surge ao se atravessar um território, é uma forma de transformação da paisagem que, não deixando marcas tangíveis, resulta numa transformação do lugar em si.