Na cultura são-tomense, úlulu é o ritual de enterro da placenta e do cordão umbilical dos bebés no grande quintal de família. Assim, segundo as gerações mais antigas, as crianças crescem e viajam pelo mundo mas sabem sempre regressar à terra onde nascem.
Nesta conversa encenada, três vozes evocam a música, o movimento, a poesia e a paisagem na busca de cordões de transmissão e nutrição, enquanto especulam e repetem rituais para harmonizar colapso e regeneração, e levantar questões: E se pertencer a geografias não-humanas for uma solução face à extinção que se avizinha? Como fazê-lo sem desperdiçar a memória de rituais úteis para essa transmutação? Onde deixar pistas para uma eventual fuga em direção ao retorno?