O amor, a admiração, o fulgor. Eis-nos aqui, neste momento de consagração, onde relembramos que aqui jaz o verdadeiro motivo desta comemoração coletiva - embora sem a noção exata de que comemoração se trata. Feriados e homenagens, nascimentos e mortes, casamentos e batizados: o que querer mais? São tantas datas, tantas festas, e em todas elas o mesmo amor, a mesma admiração, o mesmo fulgor. Morre alguém e nasce um feriado. Como não amar?
E assim vamos continuando a celebrar o rural, o popular, o folclórico, as lindas imagens da romântica ruralidade. Haverá algo melhor?
That’s All, Folks! é um espetáculo sobre efemérides, sobre memória coletiva, sobre lembrar e imortalizar. Não é mais que perfeito?
Aqui revisitam-se datas, mapeiam-se acontecimentos e imagens que populam o nosso imaginário, e que nos ensinam o que amar, o que odiar ou quem evitar. Que ideias estão contidas nestas celebrações? Celebramos para não esquecer – mas o que celebramos de facto? Quem decide o que deve ser esquecido? Quem define esta narrativa comum?