O ponto de partida é a perda de um ente querido e a necessidade de manter contacto com essa pessoa. Há a necessidade de oferecer uns aos outros não apenas um espaço para um reencontro, mas também para uma reconciliação que permite a despedida: um espaço de descanso para os falecidos, a possibilidade de luto para aqueles que ficam. La Rose de Jéricho é uma peça onde acreditamos em fantasmas e nas suas visitas maliciosas. Acreditamos na vibração da sua presença no nosso corpo e psíquico. La Rose de Jéricho é uma história familiar entre a Argélia, França e Portugal: fala com os nossos antepassados e com aqueles que ainda estão por vir. É uma história que parte do deslizamento e da mutação, de um corpo para o outro, do passado para o futuro, do futuro para o passado, de ti para mim. La Rose de Jéricho é um dueto coreográfico, visual e vocal entre Alice Martins e Magda Kachouche, durante o qual desfrutamos de uma valsa colorida de brincadeiras e partidas com os nossos fantasmas.
Ficha Artística / Técnica
Conceito
Magda Kachouche
Intérpretes
Magda Kachouche and Alice Martins
Colaboração Artística e de Dança
Marion Carriau
Apoio Vocal
Elise Chauvin
Sonoplastia
Gaspard Guilbert
Desenho de Luz
Bia Kaysel
Figurinos
Alexia Crisp Jones
Produção
Langue Vivante
Co-Produção
Danse dense, Le Théâtre du Beauvaisis – Scène Nationale, Le Phénix – Scène Nationale de Valenciennes
Sou coreógrafa, artista visual e performer. Em 2022, fundei a minha companhia de dança performativa, Langue Vivante, na minha terra natal, em Beauvais (norte de França. A Langue Vivante dedica-se à criação de trabalhos coreógraficos para espaços exteriores e interiores, encenando objetos artísticos e performances feitos por e para as pessoas. Esta estrutura esforça-se para se transformar num laboratório de pesquisa para todas as pessoas, artistas e não-artistas. Procuro promover um processo criativo ancorado em noções de territórioe tempo, colecionando palavras e vozes, gestos e danças, bem como criar paisagens visuais que transformem o invisível em visível.