Performance que se rege por princípios de circularidade e incompletude, tornando visível uma figura que atravessa paisagens oníricas em constante metamorfose. Uma figura oracular incorporando três facetas ou desdobramentos: “divindade feminina, ferocidade feminina e transgressão feminina*”, nas quais a leveza, o macabro, o desconhecido e o subterrâneo se ligam e se confundem para criar um lugar entre. Um trabalho que surge em sequência do seu último projeto a solo, "a besta, as luas", no qual enuncia, através de gestos e sons, uma apresentação possível da geografia política de um corpo não submisso.
*Kristen J. Sollee, definindo o conceito de “bruxa” em Witches, Sluts, Feminists: Conjuring the Sex Positive