score é uma metáfora radical e necessária da nossa condição humana em relação ao mundo moderno. Nesta peça, Isaiah Wilson combina a arte numérica com a dança, adoptando uma abordagem inovadora, usando ferramentas computadorizadas e corpos despidos para criar um híbrido entre o mundo digital atemporal e o “mundo humano”, simbólico da natureza. Procurando chegar às novas tecnologias, tais como a inteligência artificial e o trans-humanismo, Isaiah propõe uma performance que dá início a um discurso sobre os perigos das tecnologias e os efeitos que têm na mente e no corpo. Em score, o público é convidado a observar corpos totalmente privados das suas capacidades cognitivas. Contrações musculares podem ocorrer involuntariamente e simultaneamente em cada intérprete. Isaiah Wilson pretende, assim, usar tecnologia para sincronizar ao máximo es três bailarines que compõem o elenco da peça, usando para isso uma ferramenta externa, EMS (Electric Muscle Stimulation).
Através de uma proposta cénica cimentada na comercialização do corpo como alguém comercializaria um dispositivo eletrónico, score desapropria indivíduos da sua essência e livre arbítrio, em benefício de uma tecnologia mais inovadora e optimizada.