PT | EN

O PRECÁRIAS II: FESTIVAL DE PERFORMANCE é idealizado e concebido pela artista Tita Maravilha que, na sua 2.ª edição, o leva para cinco cidades: Lisboa, Porto, Montemor-o-Novo, Viseu e Paris. O PII:FP é um projeto de criação intercultural e comunitário, focado em determinados corpos-identidades nomeadamente, pessoas trans, queer, não-bináries, mulheridades e pessoas racializadas que se dedica à criação de narrativas alternativas que potencializam a performance contemporânea, com modus operandi na alçada da precariedade destas histórias em transformação.O intuito não é a reflexão sobre as mazelas e, sim, potencializar e suportar, tanto politicamente como financeiramente, estas corpas dentro da cena da arte performativa em Portugal e no Mundo.

O PII:FP surge na força da resistência, mesmo em contextos tão adversos, e acontece, também, como celebração coletiva.

Promovamos uma reflexão maior sobre o mundo que nos cerca.
Promovamos a sustentabilidade destas corpas.

 

QUE NUNCA NOS FALTE: COXINHA, PASTEL DE BACALHAU Y ARTE. 
PRECÁRIAS COMO QUEM DIZ CHIQUÉRRIMES! ~

 

 

8 DE JUNHO DE 2024
PROGRAMA COMPLETO

PIRENOPOLYNDA, de Tita Maravilha
#Exibição de Filme, 2 sessões
15h00 - 15h30 / 15h30 - 16h00 @ Magina

[ESGOTADO]

Em Pirenópolis (Goiás, Brasil), há 200 anos que a Festa do Divino se vem realizando. Tita Maravilha nasceu na pequena cidade e tem memórias preciosas da festa. Anos mais tarde, ao regressar a essas memórias, a artista multidisciplinar travesti pretende reconstruir e re-tradicionalizar a esta com um viés afectivo decolonial. Dirigido por Bruno Victor, Izzi Vitório, TITA MARAVILHA (Brasil, 2023).

 

QUE NUNCA NOS FALTE: "COMIDA NA MESA, CONSCIÊNCIA DE CLASSE E ARTE"
#Roda de Conversa
16h30 @ Largo Machado dos Santos

Uma conversa mediada por Rod, artista visual, que se junta a 3 artistas que compuseram a programação do Precárias II: Festival de Performance. Acauã Shereya El Bandide, Yunne Isabella e Lola Bhajan juntam-se a esta ocasião para a partilha de experiências, pensamentos e ideias relativas ao trabalho desenvolvido até aqui e conspirar novas narrativas possíveis.  

A conversa surge no contexto do fecho do festival e pretende estimular o pensamento sobre a importância da arte no pensamento interseccional. Pensar o passado e confabular futuros prósperos em coletivo. Este encontro será guiado a partir do tema:  “Que nunca nos falte: comida na mesa, consciência de classe e arte.”.

Rodrigo Ribeiro Saturnino, aka ROD. Pesquisador e artista visual. Pós-Doutor pelo Centro de Estudos da Comunicação e Sociedade do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, Doutor em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e Mestre pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fundou o Colectivo Afrontosas em 2022, com Didi e Tony Omulu, uma associação cultural que nasceu a partir de pessoas negras/racializadas cuír, ligadas ao mundo das artes, da educação e da celebração, motivadas pela ausência de projetos que reflitam sobre a importância da negritude cuír da diáspora em Portugal, em confluência com os trânsitos migratórios da América Latina, África e outras regiões. É também co-fundador da UNA - União Negra das Artes.

 

MESA FARTA
18h30 @ Largo Machado dos Santos

Uma performance que celebra o encontro entre a comunidade de Montemor-o-Novo e o Precárias II. Celebramos o convívio em volta de uma mesa farta. Coxinha, pastel de bacalhau e arte, regadas a vinho da casa. Segundo Joãozinho: Quem gosta de miséria é intelectual. Pobre gosta é de luxo. Serão duas horas de convívio e comida na mesa, uma musiquinha ao fundo. Quem tiver história pra contar, que conte!

 

STRIPTEASER GAMBIARRA DREAMS, Acauã Shereya el Bandide
#Performance
21h30 @ Blackbox

[ESGOTADO]

É um ECLIPSE de duas ou mais peças de trabalho: além de vocês, o que tem pra comer hoje? e NUAGES CLOUDS NUVENS. Uma obra autobiográfica em performance e em Gambiarra. Um terreno baldio no espaço sideral, onde o lixo flutua fazendo encontros, colisões, eclipses.

Acauã Shereya El Bandide: Brasileira, culrégraphe, professora, artiste visuelle, jardineira, artisane, escritora et pós-pornographic. Nascida à Fortaleza (Brasil), raised by teachers women et par son abuelo artisan. Diplomada en Théâtre par IFCE et en Danse par le CTD3 (2012), she was a university professora from 2013 to 2015 au IFCE, en 2019 realizou PACAP3 in Performing Arts au Fórum Dança. Ela explore le between des interactions et utilise a "Gambiarra" para buscar as possíveis imagens of Democracy about the bodies de performatividade "Cuir" (Queer).

8 junho, 15h - 21h30

[FESTIVAL #PRECÁRIAS II]

› O PII:FP vai decorrer em diferentes espaços da cidade. A entrada é gratuita, mas as inscrições são limitadas devido à lotação de cada sítio.

› Reservas via SMS para [+351] 913 699 891 ou para info[a]oespacodotempo.pt.

© Alípio Padilha
© Alípio Padilha
© Alípio Padilha
© Alípio Padilha
© Alípio Padilha
© Alípio Padilha

Ficha Artística / Técnica

Direção e Concepção
Tita Maravilha

Produção
Amandi Silva e Margot Silva

Apoio a Candidatura
Maria Tsukamoto e Joana Costa Santos

Coordenação Técnica, Operação e Desenho de Luz
Lui L'Abbate

Tecnique de Luz e Som
Bee Barros

Direção Gráfica, Redes Sociais, Site e Design revista
Gadutra

Textos Revista
Lola Rodrigues e Melissa Rodrigues

Cartaz e Lettering
Bertrand

Vídeo
Arla Coleto

Apoio
DGARTES, República Portuguesa - Cultural

Co-Produção
Teatro Municipal do Porto - Rivoli Campo Alegre (Porto), Teatro Viriato (Viseu), O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo)

Parcerias
Rua das Gaivotas 6 (Lisboa); Cão Solteiro Residências 120 (Lisboa); Criolense (Lisboa); Damas (Lisboa); Pedreira (Porto); Teatro Viriato / Carmo 81 (Viseu)

Parceiros Media
Coffeepaste, Gerador

Organização
Associação Trypas Corassão

Agradecimentos
Telma Moreira Faria, Cigarra, Pedro Barreiro, Bruno Trigo Gonçalves, Mariana Freitas, Violet, Inês Coutinho, Rádio Quântica

O PRECÁRIAS II: FESTIVAL DE PERFORMANCE pretende dinamizar e questionar o tecido cultural dos espaços onde se insere, através de uma programação diversa que dialoga com o público na pluralidade criativa das margens e na partilha do manifesto que reparte o gesto de gritar por nossas vidas. 

O festival expõe a precariedade (característica do que é insuficiente; escasso) sistemática e utiliza-a como motor criativo numa lógica pedagógica social, e é contado por quem continua à espera de afirmação nas fronteiras da sociedade, trabalhando numa curadoria afetiva e com um olhar aguçado sobre as potências que não têm visibilidade e estrutura de apoio necessários para a execução de trabalhos integros. 

Nesta edição, o olhar direto incide sobre novas linguagens, sobre a importância das histórias diversas, das novas formas de ver e de criar e, sobretudo, no seu lugar de fala. Tem como objectivo dar a conhecer um novo panorama de artistas dissidentes em Portugal, compartilhar as suas diásporas e criar um espaço seguro para repensar o futuro em conjunto. 

#Precárias II: Festival de Performance

Newsletter