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Errante, uma criação da autoria de Ana Luena & José Miguel Soares, inspira-se na relação entre o migrante e o conceito de “terrain vague”, como espaço expectante, abandonado, mais ou menos delimitado, que habita no coração da cidade. Estas manchas de “não-cidade” e de “ninguém” são espaços ausentes, ignorados ou caídos em desuso. Interessa aprofundar a ideia de esquecimento, mas também de vago, impreciso e incerto (que o sentido da palavra em francês carrega) e de estrangeiro, no sentido mais amplo do termo. Quem o atravessa é o que vagueia, o estrangeiro, o errante. No espetáculo Errante, a cartografia é a do território pessoal, daquele que caminha hesitante, que vacila, que inevitavelmente erra. Constrói-se uma dramaturgia alicerçada no erro, através de uma dupla faceta de ficção e realidade para a construção de um espetáculo que assume pressupostos de conferência. Somos radicalmente sociais e solitários, contraditórios e errantes. O texto cénico, da autoria de Teresa Coutinho, parte de uma reflexão sobre o medo e os desafios de praticar a alteridade, espelhando preconceitos e medos através de uma sucessão de episódios e acontecimentos em torno da dificuldade de aceitarmos o que nos é estrangeiro.

19 outubro, 19h30

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[ANTESTREIA]

Reservas via SMS para +351 913 699 891.

Ficha Artística / Técnica

Criação
Ana Luena & José Miguel Soares

Encenação
Ana Luena

Residência de criação
Teresa Coutinho (Escrita e Dramaturgia)

Interpretação
Nuno Nolasco, Tanya Ruivo

Música
Zé Peps

Design Gráfico
Joana Areal

Produção
Malvada - Associação Artística

Residência de Coprodução
O Espaço do Tempo

Apoio
A Bruxa Teatro, Companhia Contemporânea de Dança de Évora, União das Freguesias dos Canaviais, União de Freguesias do Bacelo e Senhora da Saúde, União de Freguesias da Malagueira e Horta das Figueiras, Sociedade União Eborense - Bota Rasa

Protocolos
AAEU, ACDE, ASSP, HESE, SDPS, UE

Apoios/Logística
Dourado Distribuição, Queijaria Cachopas, Sopas Graciete

Cofinanciamento
Alentejo 2020, Portugal 2020, Fundo Social Europeu | União Europeia, Compete, IEFP

A Malvada Associação Artística é uma estrutura financiada pela República Portuguesa - Cultura / Direção-Geral das Artes, com o apoio do Município de Évora

Fundada em 2018 por Ana Luena e José Miguel Soares, a dupla responsável pelas criações artísticas e direção deste projeto sediado em Évora, a Malvada aposta num território periférico como centro de criação e reflexão artística contemporânea.
A Malvada tem como fim a realização de projetos de criação que abrangem diferentes áreas artísticas e do conhecimento, frequentemente cruzando disciplinas como a fotografia, o vídeo, a literatura, a música, o teatro e a performance. Promove atividades de criação e fruição artísticas que envolvem a comunidade através da participação ativa em ações de mediação, serviço educativo, acessibilidade e inclusão social, potenciando uma relação de proximidade entre públicos diversificados e a obra artística.
A Malvada realiza projetos artísticos que partem de conceitos explorados numa abordagem multidimensional. Os processos criativos, trabalhados por camadas de sobreposição, caracterizam-se por atividades e criações que se interligam no âmbito de um mesmo projeto. A multiplicidade das suas manifestações resulta em espetáculos, instalações, exposições, edições, performances, projetos site specific e objetos artísticos híbridos. As criações são preparadas em residências artísticas, com o intuito de aprofundar e/ou reforçar a conexão das equipas com os territórios.

Errante

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