Desde 2020 que O Espaço do Tempo, com o apoio do BPI e da Fundação “la Caixa”, atribui das mais robustas bolsas de criação artística no território português, tendo contribuído determinantemente para o desenvolvimento e apresentação de 22 projetos originais, ao longo das últimas quatro edições, mapeando assim o meio das artes performativas actual.
Estas bolsas têm-se revelado um importante estímulo à criação nas áreas da dança, do teatro, da performance e dos cruzamentos disciplinares, e têm contribuído para a criação de um ecossistema artístico mais estimulante, ousado, diversificado e sustentável.
O júri desta 5.ª edição, constituído por Ana Rocha, Cristina Planas Leitão, Joyce Souza, Patrícia Portela e Pedro Barreiro, recebeu 102 candidaturas — um número significativamente superior ao recebido nas últimas edições — tendo selecionado oito projetos para entrevista após análise demorada e atenta. Estes oito projectos pareceram ser representativos do panorama nacional de criação de artes performativas, pela sua diversidade de estéticas e abordagens, e pelo envolvimento numa reflexão desassombrada que transborda as temáticas actuais e nos projecta para um lugar de pesquisa, questionamento e generosidade perante a possibilidade de um futuro; nas artes, na sociedade, e no planeta que (ainda) pisamos.
Assim, após a fase de entrevistas, é com orgulho que anunciamos as artistas contempladas pela 5.ª edição das Bolsas de Criação d’O Espaço do Tempo, com o apoio do Banco BPI e da Fundação “la Caixa”, através de um montante global de 100.000€, distribuído por 4 bolsas de 25.000€:
- • Alice Azevedo, com PROMETO-ME MODERNA, a partir de Frankenstein de Mary Shelley;
- • Diego Bragà, com WE AT THE NIGHTCLUB SUFFER TOGETHER;
- • Inés Sybille Vooduness, com CADÊNCIAS CRIOULAS, DEZ MIL VEZES DESDOBRADAS;
- • Rezmorah, com PHTHORA;
Tendo em conta a relevância, a urgência e a pertinência das propostas apresentadas, o júri decidiu ainda referir, publicamente, as pessoas e os projectos que passaram à fase de entrevistas mas que, após muita ponderação, não foram contempladas com uma bolsa mas a quem desejamos a concretização das suas obras para muito breve: Nós, Malungas, de Letícia Simões; Que Vontade de Chorar, de Maria Abrantes; COOPERATIVA ’25, de Pedro Nunes; Zona Abstrata, de Rodrigo Pedreira.
As quatro criações contempladas com estas bolsas serão apresentadas em estreia absoluta n’O Espaço do Tempo, em Novembro de 2025, no âmbito do festival #ETFEST, após duas semanas de residência final a realizar no respetivo espaço de apresentação.