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Desver
uma breve performance sobre um país ocupado por outro.

you cannot unsee once you have seen.
aja monet

foi numa viagem.
o avião não parou no aeroporto daquele país, foi noutro.
aquele país não vinha no mapa.
mas, se passássemos por checkpoints e muros e outras fronteiras,
chegávamos lá -
a uma parte de um país que tinha sido inteiro em tempos.
ele disse, escrevam tudo já, não esperem
escrevam enquanto ainda está quente.

e eu escrevi.
na verdade, eu queria que não houvesse razões para fazer esta performance.
mas há.
continua
a
haver.

Joana Craveiro
#cessarfogojá
#artistascontraogenocídio

6 abril, 21h30

XL Box ver mapa

Reservas via SMS para +351 913 699 891.

70min. + conversa com o público
> 12 anos

Ficha Artística / Técnica

texto, criação, interpretação
Joana Craveiro

assistência, colaboração
Henrique Antunes

produção
Teatro do Vestido

apoio à residência artística
Largo Residências - Quartel do Largo do Cabeço de Bola

apoio
Alkantara, A PiSCiNA, Biblioteca Municipal do Barreiro, BOTA, Carmo 81, Casa do Comum, Chão de Oliva, Cooperativa Mula, Coletivo pela Libertação da Palestina, CRL - Central Elétrica, dISPAr, Do Imaginário, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas - NOVA FCSH, Fundação José Saramago, Gira Sol Azul, ISPA, Sismógrafo, Teatro do Bolhão.

Joana Craveiro é dramaturga, encenadora, actriz, professora, antropóloga e documentarista. É directora artística do Teatro Vestido (que co-fundou, em 2001) e coordenadora da Licenciatura em Teatro da Escola Superior de Artes e Design, Caldas da Rainha. Doutorada pela Roehampton University, Londres. Os seus métodos criativos assentam grandemente em práticas etnográficas e na história oral. A relação entre os acontecimentos históricos e as suas representações no presente, bem como a recolha de memórias e histórias de vidas, e as cartografias poéticas e afetivas das cidades são algumas das questões a partir das quais tem trabalhado e investigado. Desenvolve uma pedagogia criativa e combativa que ajuda a pensar um mundo livre de totalitarismo, xenofobia, misoginia e de racismo estrutural. O teatro que faz é político, documental e poético. É membro da rede de dramaturgos europeus, Fabula Mundi, e investigadora associada do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa (IHC/NOVA). 


O Teatro do Vestido é um colectivo teatral fundado em 2001 e cuja primeira peça, Tua, se estreou na Galeria Zé dos Bois. Tem na sua génese a escrita de textos dramáticos originais, a procura de espaços de apresentação alternativos, a observação da realidade, a investigação etnográfica e a história oral, como principais metodologias de trabalho. A companhia procura constantemente novas formas de fazer um teatro autobiográfico, político, engajado e poético, através de processos colaborativos, com direcção artística de Joana Craveiro. As dimensões ética, social e pedagógica são constituintes da companhia desde a sua formação em 2001, e têm tido expressão nos múltiplos projectos desenvolvidos ao longo dos seus mais de 20 anos de actividade. A companhia trabalha desde sempre a temática da memória e a sua relação com a sociedade e com a vida de cada um, fazendo do seu teatro um misto de autobiografia e profunda reflexão sobre a realidade envolvente. A companhia tem vindo a tentar re-significar a prática de um teatro político e documental hoje. A poética das cidades, dos espaços devolutos, dos espaços de passagem e em transformação; a observação atenta e engajada do quotidiano; o trabalho de campo, a recolha de memórias e histórias de vida; a memória histórica, e a criação de comunidades várias, à passagem da companhia – todos estes aspectos são a marca metodológica e artística do trabalho do Teatro do Vestido. Reconhecendo-o, a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro descreveu em 2012 o Teatro do Vestido como tendo, “uma actividade aberta a todas
as formas de arte, atenta a todos os cidadãos e curiosa de tudo o que se passa no mundo em que as pessoas vivem”.

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